Como higienizar as próteses dentárias?

Eliana portalsorriso • April 22, 2020

COMO HIGIENIZAR AS PRÓTESES DENTÁRIAS?

Quando a pessoa perde um ou mais dentes, existem opções de próteses dentárias utilizadas para a reabilitação do paciente. Podemos lançar mão de próteses fixas, próteses parciais removíveis e ainda próteses totais (dentaduras). Há quem pense que, pelo fato de serem dentes “artificiais”, as próteses não precisam ser higienizadas. No entanto, elas necessitam de cuidados de escovação, assim como os dentes.

As próteses fixas devem ser escovadas da mesma forma que os dentes com o cuidado adicional de uso de passa fio. Nas próteses fixas com mais de um elemento, o fio dental não passa diretamente no espaço interdental, pois os dentes artificiais estão unidos na estrutura da prótese. Dessa forma, o fio dental precisa ser passado com o auxílio de um passador plástico.

É também comum as pessoas não removerem as próteses no momento da higienização. No entanto, as próteses parciais removíveis e totais devem ser removidas da boca para serem higienizadas. Elas devem ser escovadas com escova de dentes específicas para prótese, pois elas se adaptam melhor à superfície interna das mesmas. Cremes dentais pouco abrasivos devem ser usados, evitando assim desgaste na parte de resina acrílica.

As escovas para próteses apresentam cabo menor com um conjunto de tufos de fibras seguindo a mesma direção do cabo e este tufo formando um cilindro de pequeno diâmetro terminando em cone. As fibras centrais do tufo devem ser mais longas que as demais, com aproximadamente 22 mm de comprimento. As fibras devem ser mais grossas, mais rígidas e mais longas que aquelas das escovas para dentes naturais. As escovas bitufo também são indicações para escovação das próteses.

Existem substâncias efervescentes, à base de peróxidos alcalinos, em forma de pastilhas ou pó, que podem ser utilizadas para auxiliar na limpeza das próteses removíveis. Devem ser usadas preferencialmente à noite, pois o longo período de imersão da prótese tornará a ação do produto mais eficaz. Essas substâncias são seguras, pois não causam danos à estrutura metálica de próteses parciais, e nem ao acrílico de próteses parciais e totais. Essas substâncias promovem remoção de manchas superficiais e tem ação antimicrobiana. A efervescência promove limpeza mecânica dos resíduos acumulados. Após o uso, as próteses devem ser enxaguadas em água abundante para que resíduos dos peróxidos não causem danos à mucosa bucal, quando as próteses forem colocadas novamente na boca.

Os hipocloritos são comuns na higienização de próteses, pois possuem boa capacidade de limpeza da placa bacteriana, além de terem ação bactericida e fungicida. Entretanto, o hipoclorito pode provocar clareamento da resina acrílica, dependendo de sua concentração e tempo de imersão, ou corrosão, em casos de próteses parciais removíveis compostas de cromo-cobalto ou aço inoxidável. Assim, o hipoclorito é indicado de forma esporádica para a limpeza de próteses parciais removíveis. A solução para imersão das próteses deve ter uma composição de 15 ml de hipoclorito de sódio com concentração de 2-3% (água sanitária convencional) diluídos em 300 ml de água. O tempo de imersão de próteses acrílicas deve ser no máximo de 15 a 20 minutos diários e para as próteses parciais removíveis metálicas, esse período não pode exceder 10 minutos. Após o tempo indicado, as próteses totais e parciais devem ser enxaguadas e imersas em água fria durante toda a noite. Dessa forma, o gosto e odor desagradáveis serão eliminados, além de minimizar os efeitos lesivos ao metal.

Sendo assim, quem faz o uso de próteses parciais ou totais deve associar a escovação das mesmas com a imersão nas substâncias indicadas. A escolha da substância deve ser feita pelo próprio paciente de acordo com o que lhe for mais viável. Além disso, as próteses removíveis devem ser retiradas da boca na hora de dormir, evitando acidentes como quedas e ainda, evitando lesões na boca geradas pela sua movimentação durante o sono. A remoção da prótese na hora de dormir ainda evita a proliferação de micro-organismos, como bactérias e fungos.

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